¨A outra historia Americana¨,¨American History X¨ no original, conta a história de Derek Vinyard (Edward Norton), que regressa a casa, logo após sair da prisão, onde cumpriu uma pena de três anos por ter assassinado dois negros. Antes de ser preso Derek era racista, achava que nos Estados Unidos da América só havia lugar para os brancos e era o carismático líder de um grupo de skinheads. Mas agora é um homem diferente, a prisão mudou-o. Ao reencontrar o irmão, Danny Vinyard (Edward Furlong), Derek percebe consternado que este seguiu os seus passos e se transformou num skinhead.
Nas aulas de Sociologia analisaremos o filme recorrendo a alguns conceitos leccionados recentemente: cultura, diversidade cultural, etnocentrismo, subcultura, contracultura, socialização, identificação e agente de socialização.
O filme relaciona-se também com outros conceitos sociológicos que serão leccionados mais tarde: migrações, desigualdade, discriminação, reprodução social, controle social, família, etc.
Nas aulas de Sociologia analisaremos o filme recorrendo a alguns conceitos leccionados recentemente: cultura, diversidade cultural, etnocentrismo, subcultura, contracultura, socialização, identificação e agente de socialização.
O filme relaciona-se também com outros conceitos sociológicos que serão leccionados mais tarde: migrações, desigualdade, discriminação, reprodução social, controle social, família, etc.
O narrador do filme, Jack (interpretada por Edward Norton) é um executivo yuppie que trabalha como investigador de seguros de uma grande montadora de automóveis. Desiludido da vida, ele busca driblar suas crises de insônia e extravasar sua ansiedade em sessões de terapia grupal, ao lado de pessoas com câncer, tuberculose e outras doenças. É só no meio de moribundos que Jack se sente vivo e assim consegue dormir. Sua alegria só é interrompida pela chegada de Marla Singer (interpretada por Helena Bonham Carter), uma viciada em heroína com idéia fixa de suicídio. Repentinamente entra na sua vida o carismático Tyler Durden (Brad Pitt) que irá lhe apresentar um novo modo de vida, capaz de aliviar sua tensão existencial, o clube da luta, um clube de subcultura anárquica, onde homens põe à prova seu instinto animalesco em combates corporais. Fight Club expõe, com traços non-sense, a degradação existencial do homem na civilização burguesa. O agudo estranhamento em suas múltiplas dimensões se manifesta em sentimentos de necrofilia, de dessocialização, de desencantamento e de atitudes irracionalistas dos mais amplos espectros. A profunda frustração com a vida sem sentido é o terreno propicio para as manifestações de pura agressividade e de auto-destrutividade. O clube da luta sintetiza, em si, o espírito do mundo burguês degradado, em sua etapa neoliberal, imerso na lógica do mercado e da concorrência. Na verdade, a sociedade capitalista, em sua etapa de crise estrutural, de pleno irracionalismo, de vazio utópico e de agudo desencantamento com as possibilidades de transcendência da lógica da mercadoria, produz em si, elementos de colapso da vida pública e da sociabilidade. Ela contém os germes de destrutividade da própria civilização (o que os atentados terroristas de 2001 iriam demonstrar). Deste modo, Fight Club é um filme visionário das misérias do capital no vindouro século XXI. Produzido em 1999, Fight Club expõe, de forma quase fantástica, numa narrativa de estilo pós-moderna, ou seja, fragmentária e não-linear, os desvarios existenciais do capitalismo global, às vésperas do estouro da bolha especulativa em Wall Street.(2005)
Documentário político sobre como o Governo Bush se aproveitou dos atentados terroristas de 11/09 nos EUA para consolidar sua estratégia de negócio (a da familia Bush) e de poder imperialista (o dos EUA). Moore nos apresenta os vínculos de longa data dos Bush com a clã Bin Laden e a Arábia Saudita, que investiu, só nas últimas décadas, cerca de US$ 860 bilhões nos EUA; o Decreto Patriota, que atingiu as liberdades civis nos EUA a título de deter a ameaça terrorista; a cultura do medo, a invasão do Iraque, as oportunidades de negócios (com destaque para a empresa Halliburton), o recrutamento de jovens desempregados, a barbárie da guerra e a dor das perdas com soldados mortos. O documentário de Moore disseca, de forma quase didática, os vínculos entre poder político imperialista e interesses de negócios das corporações industrial-militar (mediado, é claro, pelos interesses da família Bush). Na verdade, torna-se claro neste documentário de Moore que a família Bush se apropriou do Estado para defender seus interesses particularistas. Os limites de Fahrenheit 9/11 é seu viés planfetário – panfleto do Partido Democrata. Sua crítica do sistema de poder imperialista nos EUA é bastante limitada, tendo em vista que não salienta que não são apenas os Republicanos que se apropriam do Estado político para a defesa de seus interesses familiares e de classe, mas inclusive os Democratas (que apoiaram, por exemplo, a invasão do Iraque). Enfim, talvez Bush seja apenas o lado mais décrepito de um sistema apodrecido do poder mundial do capital, que dilacera não apenas os EUA mas todo o mundo com sua sanha imperialista. Na foto acima, a perene expressão de G.W. Bush às 9: 05 A.M. do dia 11 de setembro de 2001, exato momento do ataque terrorista ao World Trade Center em Nova York. O que estaria passando por aquela cabeça?(2005)
Dois assassinos profissionais Vincent Veja (interpretado por John Travolta) e Jules Winnfiel (Samuel L. Jackson) - devem fazer cobrança para um gângster; Vincent é forçado a sair com a garota do chefe, Mia Wallace (Uma Thurman), temendo passar dos limites; enquanto isso, o boxeador Butch Coolidge (Bruce Willis) se mete em apuros por ganhar luta que deveria perder. Quentin Tarantino dirige esta homenagem à literatura pulp dos anos 40, contando uma história que envolve um gângster, um boxeador e dois assassinos profissionais. Nesse filme, Tarantino faz uma homenagem à literatura pulp. É importante observar que a pulp fiction surgiu em 1896 nos EUA como uma opção de leitura e diversão para uma grande massa de trabalhadores que emigrava do campo para a cidade, formando o que seria chamado de sociedade de massas (o salário médio de um operário era de 7 dólares semanais e o preço dos pulps não pesavam no bolso). A partir da década de 1920 os pulps entraram em decadência devido à concorrência do rádio e do cinema. A mitologia criada pelos pulps é tão forte que impregnou o cinema, os quadrinhos e a imaginação de milhões de pessoas no mundo todo. De Indiana Jones ao Super-homem, a cultura pop deste século deve muito aos pulp fictions. O cinema de Tarantino pode ser considerado um pulp cinema, onde diversão e literatura (ou roteiro de alta qualidade) buscam atrair o público de massa. Na verdade, eis o espírito puro da Sétima Arte segundo o mestre Georges Mélies. Por outro lado, a pulp fiction de Tarantino é pós-moderna. O universo de Tarantino é despedaçado. Ele tende a incorpora a sintaxe simbólica do capitalismo global e seu caos sistêmico. A narrativa de Pulp Fiction possui uma temporalidade fragmentária e descontínua. No filme, Tarantino altera a causalidade natural dos acontecimentos. De fato, ao alterar a seqüência temporal do filme, Tarantino “flexibiliza” a causalidade. Por outro lado, as contingências produzem inflexões significativas na trama filmica. Em Pulp Fiction os personagens são conduzidos pelo acaso e pelo desconhecido. Talvez a violência que permeia o filme seja expressão deste universo de casualidades quase-transcendentes. Em cada detalhe contingente, um gesto de violência concentrada. Como observa Julio Cabrera, “os filmes de Tarantino são uma curiosa e irritante filigrana de coincidências e pequenas fatalidades.” É o que ocorre quando se submerge na lógica terrível do capitalismo pós-moderno. Um detalhe: ao dançar twist com Mia Wallace, Vincent exala uma nostalgia kitsch dos anos dourados do capitalismo americano.(2005)